terça-feira, 17 de maio de 2016

Novo presidente do Bacen

Fazia um tempo que não escrevia neste blog, um pouco é que estava cansado de falar mal do governo. E o cenário nunca apresentava algo novo.

Então, hoje temos uma nova equipe econômica. Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda e Ilan Goldfajn no Bacen. Vou falar um pouco sobre o Ilan. Fez mestrado na PUC-Rio um centro em excelência na formação de economistas "ortodoxos", depois fez doutorado no MIT, que está entre as três melhores escolhas de economia do mundo. Estava trabalhando como economista chefe do Itaú Unibanco, mas já foi diretor do Bacen no governo do FHC, e economista do FMI. Também foi professor da PUC-Rio. Se por um lado, possui uma grande carreira profissional. Por outro lado, a carreira acadêmica também foi com destaque. Hoje está em quarto no ranking da REPEC entre os melhores acadêmicos brasileiros.


Você podem conferir a lista completa neste link.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O governo triatleta

Hoje saiu uma notícia no Valor cujo título é "Fazenda estuda quitar pedaladas de R$ 24,5 bi". O motivo dessa preocupação é que o Tribunal de Contas da União (TCU) exigiu que o governo quite o estoque de R$ 24,5 bilhões junto ao BNDES. O governo também não quer que isso tenha impacto na dívida bruta da União (cujo valor já é de 65,3% do PIB).

A solução que o Tesouro propõe é que o banco faça adiantamento de mesmo valor no pagamento de juros que deve à União, sobre empréstimos que recebeu para financiar o Programa de Sustentação ao Investimento (PSI) e para a política anticíclica do primeiro mandato da Dilma.

Isso não é outra "CONTABILIDADE CRIATIVA"!

Também quero pagar o meu imposto de renda e a minha contribuição para a previdência usando o valor que receberei ao aposentar. Pode Arnaldo?


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Entendendo os Modelos de Equilíbrio Geral Dinâmico Estocástico (DSGE)

Usei o modelo do cap 7 para fazer uma estimação/previsão usando dados de 2002T1 até 2015T1. A figura abaixo mostra o crescimento do PIB (segundo o modelo) e a previsão de 2015T2 até 2017T1 (figura abaixo - não inclui o intervalo de confiança na figura). Segundo o modelo a recuperação da economia terá início em 2015T3.



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Livro sobre DSGE

Amigos,

Estou divulgando o meu livro sobre DSGE que está no formato ebook e comercializado pela Amazon. Mais informações no site do livro e na própria Amazon cujos links estão abaixo:

http://www.amazon.com.br/Entendendo-modelos-equil%C3%ADbrio-din%C3%A2mico-estoc%C3%A1stico-ebook/dp/B0136QO0FK/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1438600436&sr=8-1&keywords=dsge


http://entendendomodelosdsge.blogspot.com.br/

Muito obrigado,

Celso Costa

segunda-feira, 6 de julho de 2015

The Euro: Monetary Unity To Political Disunity?

Quem estiver interessado em entender melhor os problemas que envolvem a Zona do Euro deve ler o artigo do Milton Friedman cujo link está abaixo.

http://www.project-syndicate.org/commentary/the-euro--monetary-unity-to-political-disunity

sábado, 4 de julho de 2015

Novas opiniões/informações sobre o problema Grego

O primeiro é do Ricardo Reis:

http://www.dinheirovivo.pt/opiniao_blogs/interior.aspx?content_id=4659716&page=-1

O segundo é do Andrés Neumeyer:

http://nadaesgratis.es/admin/el-dilema-griego

A cada dia vejo que a Grécia não tem solução. Torço pelo não para ver como um partido de esquerda "irresponsável", que ajudou a agravar a crise (e foi eleito com propostas sem fundamentos), sai dessa.

No Brasil a proposta foi a mesma, mas as ações foram corretas, depois de tentar de tudo.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Grécia deve sair da zona do EURO?

Faz um tempo desde o último post, mas há muita coisa acontecendo que merece ser discutida. A primeira é a saída da Grécia da zona do Euro. Essa vai ser a discussão da semana. Qualquer jornal especializado sobre o assunto irá discutir isso apresentando opiniões prós e contras.

Se por um lado, o Grexit (Greece exit) pode contagiar toda a zona do Euro, já que o mercado está inseguro em relação a Espanha, Portugal, Irlanda e Itália. Mas seria a Grécia semelhante a esses países?

Na Grécia, as filhas divorciadas ou solteiras de funcionários públicos falecidos possuem o direito de cobrar pensão por morte por toda a sua vida. A empresa ferroviária pública possui receita de 100 milhões de euros, enquanto gasta 400 milhões com salários e 300 milhões com outras despesas (não é difícil perceber que dá prejuízo). O salário médio do funcionário público grego é três vezes maior do que do setor privado. Cabeleireiros, locutor de rádio, garçom, músico ... (até 600 profissões) são consideradas profissões de risco e tem direito de se aposentar aos 55 anos (se homem) ou 50 (se  mulher). Apresentados esses exemplos, você acha que o setor público grego é solvente? E a Troika, vendo isto, deve continuar emprestando dinheiro para a Grécia?

A Grécia não deve sair da zona do Euro agora, deveria ter saído em 2010 quando a primeira crise se iniciou. O Krugman está advogando para a saída desse país, mas por achar que as medidas são muito austeras. Mas se a Grécia sair do Euro do que pode acontecer? Uma forte depreciação da moeda grega, causando um grande problema de distribuição de renda entre as classes. Corrida bancária, é hora de garantir os últimos euros no bolso, antes que o Dracma volte.  Outra coisa, com a forte desvalorização cambial ajudará a diminuir as importações e aumentar as exportações, deixando a indústria grega mais competitiva. Mas o que a Grécia produz? Vamos lá, No setor primário os principais produtos são: trigo, milho, cevada, açúcar de beterraba, azeitona, vinho, tabaco, batata, carne, tomate e banana; laticínios; pão, ovos e leite. Já no setor secundário as principais indústrias estão ligadas aos setores de têxteis, produtos metálicos, petróleo e gás. Por fim, o turismo é a atividade mais importante do setor terciário, sendo responsável por 15% do PIB. Já que os carros alemães ficarão mais caros, o carro grego ganhará competitividade. Mas que carro grego? Já que os produtos manufaturados chineses ficarão mais caro, os produtos manufaturados gregos ganharão espaço. Mas quais produtos manufaturados, tecido?

Perguntas simples: há futuro para a Grécia se não houver reformas profundas? Está errada a Troika em exigir melhoras na produtividade e nas condições fiscais gregas? Ou tudo que está ai nada mais é do que ideias neo-liberais que forçam os "coitadinhos" gregos a trabalharem mais e curtir menos?

Para pensar!!!!!

Ah, em questões fiscais, cuidado Brasil.