sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Custo Brasil 2

Fiquei tão impressionado com essa diferença de preços entre os livros comprados no exterior e no Brasil que fui checar algumas compras que realizei no passado.

No dia 04/05/2008 comprei o livro do Sargent "Dynamic Macroeconomic Theory" por R$ 198,66, sendo taxa de câmbio deste dia R$/US$ 1,65, então paguei pelo livro US$ 120,40 (vamos desconsiderar a diferença data da compra para a data do pagamento).

Esse mesmo livro hoje na Livraria Cultura custa R$ 299,30, sendo o câmbio de ontem R$/US$ 2,03, o livro está custando em US$ 147,44.




Se consideramos a diferença dos preços em dólares, o preço deste livro cresceu 22% nesse período. Algo em torno de 4,6% a.a.

Vendo que o preço deste livro na Amazon é de US$ 80,32.


Sendo o IPCA acumulado desse período 23%, e o IPC dos EUA acumulado  5,5%.
Obtemos a relação IPCA/IPC = 0,86, ainda comparando as duas taxas de câmbio, chegamos na relação entre as elas em 1,23. Com isso, a taxa câmbio nominal desvalorizou-se o suficiente para manter a taxa de câmbio real estável.

A diferença do preço desse livro na Livraria Cultura para o preço na Amazon é de 84%.

Qual o motivo para essa enorme diferença nos preços dos livros comprados no Brasil e no Exterior?

Custo Brasil

Ultimamente apenas tenho comprado livros na Amazon, contudo fui pesquisar o preço do livro do Rogoff/Reinhart (This time is different) e fiquei ASSUSTADO.

Preço da tradução (R$ 106,00 + postagem).


E o original importado R$ 119,80 + postagem (aproximadamente R$ 8,00).

Entretanto, na Amazon o preço do mesmo livro é US$ 13,42 (aproximadamente R$ 27,00) + postagem (aproximadamente R$ 20,00)

Como não há tributação em livros (pelo menos é o que dizem) o mesmo livro comprado na Livraria Cultura ficaria aproximadamente R$ 130,00, enquanto que na Amazon aproximadamente R$ 50,00. O livro na livraria brasileira ficaria 160% mais caro do que comprar na livraria estrangeira.

Qual o motivo disso? Qual a solução para isso?

Se deixarmos nas mãos do Mantega é capaz de tributar os livros comprados no exterior.

Brasil uma VERGONHA.

Ainda, nem podemos falar que temos o melhor futebol do mundo

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Nobel de economia 2012 vai para Alvin E. Roth e Lloyd S. Shapley


Os economistas norte-americanos Alvin E. Roth, 60, da Universidade de Harvard, e Lloyd S. Shapley, 89, da Universidade da Califórinia, conquistaram nesta segunda-feira (15) o Prêmio Nobel de Economia de 2012 por seus trabalhos sobre os mercados e a maneira de associar seus agentes.
Parabéns os dois economistas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Artigo Valor - Luiz Carlos Mendonça de Barros

Segue abaixo, para quem ainda não leu o artigo do Luiz Carlos Mendonça de Barros dessa segunda-feira no Valor.

É importante destacar que o autor não prevê nenhum grande problema para a economia mundial com exceção do problema fiscal americano que poderá levar os EUA a uma recessão.
Outro destaque é a sintonia do autor com o boletim focus.


Brasil: um olhar para 2013

Os analistas já começam a olhar para 2013. Afinal, os fatos econômicos mais importantes começam a ser moldados pelo menos seis meses antes de acontecerem. Neste sentido, como responsável pela construção dos cenários futuros da economia, na Quest Investimentos, terminei recentemente um trabalho sobre o estado da economia brasileira no primeiro trimestre de 2013. Gostaria de expor parte das minhas previsões para o leitor do Valor.
Para a construção de um cenário prospectivo sobre o Brasil é preciso trabalhar com algumas hipóteses em relação ao que deve acontecer nos Estados Unidos, na Zona do Euro e na China. No caso da economia americana trabalho com a continuidade da normalização lenta de seu metabolismo econômico, principalmente nos setores imobiliário, das pequenas e médias empresas e bancário. Outro ponto importante do meu cenário é a manutenção, no próximo ano, da posição conservadora do americano médio em relação a seus gastos, representada por uma taxa de poupança em linha com a de 2012, ou seja, 4% de sua renda. Finalmente, trabalho com a hipótese de uma correção suave do déficit do governo, que deve ser próximo dos 5% do PIB em fins de 2013.
Mas temos que acompanhar com cuidado um cenário alternativo, chamado nos mercados de "precipício fiscal". Ele vai ocorrer se não houver um entendimento político entre democratas e republicanos, até fins de dezembro, para renegociar cortes de impostos e de despesas já aprovados no orçamento para 2013. Neste caso teremos uma contração fiscal de quase 4 pontos do PIB a partir do início de 2013. Esse ajuste brutal certamente jogaria a economia em recessão, mesmo que o Fed venha a usar todo seu arsenal de medidas de expansão monetária. Nesta situação, a combinação de uma recessão nos Estados Unidos e na Europa certamente levaria o mundo emergente - inclusive o Brasil - para um período de crescimento econômico frágil.
No caso da Europa minha posição é que os políticos conseguiram criar uma arquitetura financeira suficientemente forte para evitar o colapso do euro. Com isto será possível testar, por mais algum tempo, a terapia atual de ajuste fiscal nos países mais endividados. Os recursos mobilizados pelo BCE e pelos países europeus, por meio do FSE, devem garantir a normalização dos mercados por um período de tempo mais longo, talvez até as eleições alemãs em outubro do próximo ano. Os leilões de títulos da Itália e Irlanda, realizados na última quinta feira, mostram que os mercados entenderam estes novos tempos e que um cenário de ruptura da zona do euro é hoje muito pouco provável.
Na China estamos vivendo um momento crítico de mudanças no metabolismo da economia. O governo iniciou recentemente uma correção de rumo - há muito demandada pelos analistas - que leva a uma redução da importância das exportações no crescimento e aumenta a participação do consumo doméstico. Também no canal de investimentos fixos está ocorrendo uma mudança importante de prioridades. Os projetos agora estão voltados para desenvolvimento das zonas urbanas fora das regiões do sul da China e para a habitação popular.
Mas, toda mudança na China, dada sua dimensão gigantesca e a complexidade de seu equilíbrio social, é sempre um movimento perigoso e que precisa ser acompanhado com cuidado. Mas trabalho ainda com um cenário de estabilidade de crescimento em 2013, na faixa dos 8% ao ano.
Nessas condições externas mais favoráveis - um verdadeiro alinhamento dos astros - parece viável que a economia brasileira cresça, em 2013, acima dos 4%. A recuperação do investimento privado, em função de um ambiente externo menos perigoso, e o crescimento dos gastos das famílias próximo a 5% ao ano seriam as principais forças por trás dessa retomada. Os juros Selic devem permanecer inalterados em 7,5% e, se necessários, os ajustes na política monetária serão feitos via medidas administrativas do Banco Central e, no limite, via valorização do real. A redução dos juros é uma conquista que a presidenta Dilma dificilmente abrirá mão, mesmo em um cenário de inflação mais adverso.
Trabalhamos na Quest com uma inflação, em 2013, da ordem de 5,5%, assumindo uma correção nos preços da gasolina e o fim de isenções fiscais em algum momento do primeiro semestre. No caso do governo realizar o aumento dos combustíveis ainda este ano, a inflação em 2013 pode ficar mais próxima dos 5%. O risco de um número superior a esse está associado principalmente ao comportamento dos mercados internacionais de alimentos, em função da seca nos Estados Unidos durante o verão e que forçou uma redução dos estoques de vários produtos importantes.

domingo, 8 de julho de 2012

Globonews Painel 07/07/12

Ontem estiveram neste sábado no Globonews Painel: Eduardo Gianneti da Fonseca, Zeina Latif e Samuel Pessoa, discutindo sobre os entraves do crescimento brasileiro.
Um comentário do Samuel me chamou a atenção:"Dilma está para Lula, assim como Geisel está para Médici". Então surgiu um pensamento o qual vinha martelando a minha cabeça a tempos: "ESSE GOVERNO ESTÁ NOS LEVANDO PARA OUTRA DÉCADA PERDIDA?!".
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-painel/videos/t/todos-os-videos/v/crescimento-da-economia-brasileira-fica-abaixo-da-expectativa-nos-ultimos-anos/2030948/

http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-painel/videos/t/todos-os-videos/v/especialistas-discutem-as-razoes-do-baixo-crescimento-economico-do-brasil/2030950/

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Focus

O boletim focus dessa semana apresentou: queda no IPCA de 2012 para 5,17%, e manteve 5,60% para 2013 (ambos acima da meta de 4,5%); taxa de câmbio (fim do período) subiu para 1,90% 2012, e manteve 1,85% 2013; meta selic (fim do período) manteve 8,0% 2012, e 9,5% 2013; e crescimento do PIB queda para 2,99% para 2012, e manteve 4,5% para 2013.
Nota-se que o mercado está considerando que as medidas do Governo para incentivar a demanda não surtirão efeito no PIB. Mas qual será o efeito na inadimplência?


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Entrevista Arminio Fraga - Globo News

Quem ainda não assistiu deve assistir. Breve relato da conjuntura da crise da europa, Brasil etc.

http://g1.globo.com/globo-news/miriam-leitao/videos/t/todos-os-videos/v/ex-presidente-do-bc-fala-sobre-os-efeitos-da-crise-internacional-na-economia-brasileira/1962993/

Aguns pontos que considerei importantes da entrevista:
* Brasil somente está preocupado com a demanda agregada!!! Enquanto o mundo está olhando para a demanda e para a oferta, até mesmo o Socialista Hollande.
*Moderado nos comentários sobre a política do Bacen. Diz que o Banco ainda segue algum tipo de metas de inflação e que o câmbio é flutuante. Será?

O imediatismo dos pacotes (Por Márcio G. P. Garcia)

"Primum non nocere" é princípio básico da ética médica, segundo o qual o médico deve avaliar, antes de tomar qualquer atitude, se sua ação poderá prejudicar mais o doente do que se nada fosse feito. Tal ensinamento aplica-se a várias outras áreas, inclusive à economia. Infelizmente, não vem encontrando o devido eco na condução da política econômica brasileira recente. A desaceleração mais forte da economia vem suscitando uma sucessão de "pacotes" de estímulo econômicos, cada vez mais patéticos.
Tais pacotes advêm de um diagnóstico comum: falta demanda. E prescrevem doses crescentes dos mesmos remédios: subsídios ao crédito e desonerações tributárias, sempre focalizados em poucos produtos e setores, escolhidos por critérios obscuros. Frequentemente, têm sido também criadas barreiras a produtos importados que competem com a produção de setores com lobby mais forte em Brasília, notadamente o automobilístico.
De fato, a economia brasileira ora passa por um momento de arrefecimento da demanda, e é função da política econômica suavizar, na medida do possível, o ciclo econômico. No entanto, corrigir as raras e breves ocasiões de falta de demanda não é problema que tenha ameaçado o desempenho da economia brasileira, muito pelo contrário. Dificuldades pelo lado da oferta, essas, sim, constituem gargalos estruturais que vêm, há muito, prejudicando o crescimento econômico. E, com frequência, os pacotes de estímulo à demanda, em vez de destravar a oferta e ajudar no crescimento da produtividade da economia, representam aumento do custo Brasil para setores não beneficiados pelas medidas governamentais.
A política econômica recente vem ficando cada vez mais parecida com aquelas que vigoraram no período pré-Real, quando as regras eram mudadas com grande frequência. Isso se choca frontalmente com os preceitos da teoria econômica moderna, que têm enfatizado, cada vez mais, a importância da manutenção de incentivos propícios ao crescimento econômico e à prosperidade. Incentivos que só podem surtir efeito se baseados em regras e instituições estáveis ao longo do tempo. A instabilidade advinda da sucessão de pacotes prejudica o investimento e o crescimento.
Um empresário racional que se defronte com dificuldades, em vez de se esforçar para reduzir custos ou investir para aumentar a produtividade, logo perceberá ser mais lucrativo juntar-se a um lobby para extrair benesses em Brasília ou na avenida Chile. Não chega a ser surpreendente que isso venha ocorrendo.
Confesso que até mesmo eu acho monótona a repetição do argumento de que as reformas estruturais (previdenciária, tributária, trabalhista) precisam voltar a ser prioridade. Mas nem mesmo o modesto projeto de limitar o crescimento real da folha salarial do setor público sai da gaveta do deputado relator, que alega que não o fará até a presidente afirmar que a medida é, de fato, prioritária.
Há indicações cada vez mais evidentes de que a política econômica carece de visão coerente de longo prazo. Por exemplo, ao justificar as decisões do recente pacote, o ministro do Desenvolvimento declarou que "o governo está conjugando medidas estruturais, como é o caso da redução sistemática da taxa de juros, com medidas conjunturais..." (Valor Econômico, 23/5/2012, pág. A3). Tal declaração contém dupla impropriedade. Primeiro, porque atribui a redução dos juros à suposta agenda de medidas estruturais do governo, enquanto deveria ser responsabilidade autônoma do BC, a se crer nas declarações da presidente Dilma e do presidente do BC. Segundo, e mais importante, porque alterações da taxa de juros são, por definição, medidas anticíclicas e, portanto, conjunturais. Estruturais seriam medidas que permitissem ao BC reduzir os juros sem colocar em risco o controle inflacionário, como um verdadeiro ajuste fiscal, que arrefecesse a expansão do gasto corrente, e estimulasse o investimento público. Mas estas, o governo parece desinteressado ou incapaz de promover.
Como disse um amigo, a estratégia econômica atual assemelha-se cada vez mais à do enxadrista improvisado: "Peça pra frente, que xadrez é sorte"!
Márcio G. P. Garcia, PhD por Stanford e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

MODELO DE INFORMAÇÃO IMPERFEITA DE LUCAS


O modelo de informação imperfeita de Lucas apresenta como conclusão que a autoridade monetária teria incentivo para indicar uma política monetária e não cumpri-la. Assim, ocorrendo diferença da expectativa dos agentes e da política realmente implementada – (m-E[m]) - o produto cresceria no curto prazo. Contudo, os agentes aprenderiam com o tempo, e essa “artimanha” não seria possível no longo prazo.
Nos últimos anos a meta de inflação do Brasil tem sido de 4,5%, entretanto o IPCA ficou acima do centro da meta em 2010 (5,91%) e 2011 (6,50%), e o boletim focus (4/5/2012) espera que o IPCA fique em 2012 e 2013 em 5,12% e 5,56%, respectivamente. Ficando, novamente, acima do centro da meta. Considerando o modelo do Lucas (apresentado abaixo) e as informações acima: A autoridade monetária brasileira está divulgando uma meta de inflação, e trabalhando com outro valor internamente? E na medida que os agentes aprenderem o “jogo” essa estratégia somente terá impacto no nível geral de preços?

MODELO DE INFORMAÇÃO IMPERFEITA DE LUCAS

Consideremos o caso em que o produtor observa o preço do bem, mas não o nível geral de preços.

Comportamento do Produtor

Escrevendo o preço do bem i como:

pi  = p + (pi – p) = p + ri                                                                        (1)

onde  ri = pi - p é o preço relativo do bem i. p  é o nível geral de preços.

Os indivíduos gostariam de basear sua decisão de produção apenas considerando ri. Contudo, não consegue observar ri, mas consegue estima-lo dado a observação de pi. Neste ponto, Lucas faz duas observações simplificadoras. Primeiro, os indivíduos buscam expectativas de ri dado pi, e então produz tanto quanto ele produziria caso estivesse certo. Então a oferta de trabalho do indivíduo i fica:

li = (1/(alfa-1)).E[ri|pi]                                                                           (2)

onde alfa é a elasticidade entre trabalho e lazer.

Segundo e mais importante, Lucas assume que o produtor encontra a expectativa de ri dado pi racionalmente. Isto é, E[ri|pi] é assumido ser a verdadeira expectativa de ri dado pi e dado a atual articulação da distribuição das duas variáveis.

Com isso,
E[ri|pi] = alfa + beta.pi                                                                         (3)

para encontramos a estimativa de (3) devemos supor que:
1.      ri dado pi tem distribuição conjunta (E[E[ri|pi]] =[ri]);
2.      ri e psão normalmente distribuídos e independentes (COV(ri,p)=0);
3.      pi = p + ri, então E[pi] = E[p] + E[ri];
4.      E[ri]=0;
5.      Variâncias de ri e p são Vr e Vp, respectivamente.
Beta = COV(ri,pi)/VAR(pi) 


VAR(pi) = VAR(p + ri) = Vp + Vr + 2 COV(ri,p) = Vp + Vr    

VAR(pi) = Vp + Vr                                                                               (4)

VAR(p) = VAR(pi – ri) = VAR(pi) +Vr – 2 COV(ri,pi)

Assim,

COV(ri,pi) = (VAR(pi) + Vr – Vp)/2

como, VAR(pi) = Vp + Vr , temos:

COV(ri,pi) = (Vp + Vr+ Vr-Vp)/2 = Vr

COV(ri,pi) =  Vr                                                                                     (5)

Dessa forma, usando (4) e (5), chegamos:
 beta = Vr/(Vr+Vp)                                                                                   (6)


Ainda, precisamos encontrar o estimador de alfa:

alfa = E[ri] – beta.E[pi]

usando (6), chegamos:

alfa = -(Vr/(Vr+Vp)).E[p]                                                                          (7)

Com (6) e (7), chegamos a equação:

E[ri|pi] = -(Vr/(Vr+Vp)).E[p]+ (Vr/(Vr+Vp)).pi                                       (8)

Substituindo (8) em (2), resulta em:

li = (1/(alfa-1)). (Vr/(Vr+Vp)).(pi – E[p])

Chegamos na oferta de trabalho do indivíduo i:

li = b.(pi – E[p])

                                                                                     (9)
onde: b = (1/(alfa-1)). (Vr/(Vr+Vp))

Assumindo que a média de pi seja p, e que y = li (trabalho é o único insumo dessa economia). Encontramos a equação para o produto total.

y = b.(p – E[p])                                                             (10)

Esse é a curva de oferta de Lucas. Ela afirma que o desvio do produto do seu nível normal é função crescente de uma surpresa no nível geral de preços.

Equilíbrio

Combinando a curva de oferta de Lucas e a equação da demanda agregada,y = m - p, onde m é a oferta monetária. E resolvendo para  y e p, obtemos:

p = (1/(1+b)).m + (1/(1+b)).E[p]                                                   (11)

y = (b/(1+b)).m –(b/(1+b)). E[p]                                                    (12)

Assumido, que E[p] = E[m], e m = E[m] + (m – E[m]), podemos reescrever (11) e (12):

p = E[m] + (1/(1+b)).(m – E[m])                                                      (13)

y = (b/(1+b)).(m – E[m])                                                              (14)

As equações (13) e (14) mostram as implicações chaves do modelo: o componente da demanda agregada que é observado, E[m], afeta somente o nível geral de preços. Já o componente que não é observado, (m – E[m]), afeta o nível geral de preços e o produto.

REGRESSÃO MQO - MATLAB

Segue abaixo rotina em Matlab para regressao usando MQO.

% Regressao usando o Metodo dos Mínimos Quadrados Ordinarios (MQO)
% Elaborado por Celso Jose Costa Junior
% Os dados de entrada sao: variavel dependente (vetor y); e variavel
% independente (matriz x).
% exemplo: y = [y1; y2;...;yn]
%          x = [x21 x31 ... xk1; x22 x32 ... xk2; ... ;x2n x3n ... xkn]

function [beta, F, R2, t] = mqo (y,x)

% Recebe o numero de linhas (l) e de colunas (c) de x
[l,c] = size(x);

% Acrescente a primeira coluna unitaria na matriz x
c2 = c + 1;
x2 = ones(l,c2);
k = 1;
for i = 1:l
    for j = 2:c2
        x2(i,j) = x(i,k);
        k = k +1;
    end
    k = 1;
end

% Encontre os parametros betas
beta = inv(x2'*x2)*(x2'*y);

% Prepare a tabela ANOVA
ye = x2*beta;
residuo = y - ye;
y2 = y - mean(y);

SQR = residuo'*residuo;  % Soma dos quadrados dos residuos
SQT = y2'*y2;            % Soma dos quadrados totais
SQE = SQT - SQR;         % Soma dos quadrados explicados

gl_E = c2 - 1;           % Graus de liberdade dos explicados
gl_R = (l - 1) - gl_E;   % Graus de liberdade dos residuos

MQE = SQE/gl_E;
MQR = SQR/gl_R;

F = MQE/MQR;
R2 = SQE/SQT;

%Encontre as estatisticas t dos parametros betas
variancia = MQR*(inv(x2'*x2));
for i=1:c2
    t(i,1) = beta(i,1)/(variancia(i,i))^0.5;
end